
Lá pelas tantas, as críticas passaram a orientar o rumo das conversas. E mesmo com a qualidade dos debatedores, as críticas adquiriram tons pessimistas, deixando expostas apenas as falhas e negatividades do tema em questão, ao invés de salientar pontos mais positivos. Eu sei, quando o assunto é Educação, às vezes é difícil incluir o otimismo na conversa. Mas o pessimismo pouco ou nada ajuda, a não ser a alastrar o desânimo.
Acompanhei os debates durante alguns dias, até que alguém comparou um projeto educacional à uma mangueira, tentando metaforizar as qualidades da Educação através dos dons que essa árvore carrega. Dons como sabor, força e capacidade de nutrir pessoas. Imediatamente, outro alguém surgiu para dizer que só visualizava as mangas que apodreciam com rapidez.
Lógico que cabiam críticas na discussão, mas as palavras eram apenas de descrédito, sem qualquer proposta de mudança.. Foi aí que decidi intervir para dar algum aspecto mais otimista ao debate.
Lógico que cabiam críticas na discussão, mas as palavras eram apenas de descrédito, sem qualquer proposta de mudança.. Foi aí que decidi intervir para dar algum aspecto mais otimista ao debate.
Meu contraponto partiu de minha experiência pessoal. Tive a oportunidade de trabalhar cinco anos junto à uma organização que desenvolvia projetos baseados em potenciais. Potenciais positivos, obviamente. Olhávamos para situações aparentemente complicadas buscando o que havia de melhor naqueles ambientes: pessoas com capacidade de liderar, idéias inovadoras, capacidade de iniciativas, cooperação, senso de comunidade, dentre outros.com inúmeros dons.
Enxergávamos soluções onde a maioria somente apontava problemas. E sempre encontrávamos formas de transformar o cenário em questão, fosse com o auxílio dos potenciais existentes no setor público, privado ou terceiro setor, independente de partido, religião ou qualquer outro rótulo. Não havia espaço para pessimismo, derrotismo, lamentação e arrependimentos. Aceitávamos críticas se viessem acompanhadas por propostas de solução. E tentávamos... uma, duas, três ou quantas vezes fossem necessárias. Sempre era possível fazer algo melhor e sempre chegávamos em soluções. Plantamos várias mangueiras.
Enxergávamos soluções onde a maioria somente apontava problemas. E sempre encontrávamos formas de transformar o cenário em questão, fosse com o auxílio dos potenciais existentes no setor público, privado ou terceiro setor, independente de partido, religião ou qualquer outro rótulo. Não havia espaço para pessimismo, derrotismo, lamentação e arrependimentos. Aceitávamos críticas se viessem acompanhadas por propostas de solução. E tentávamos... uma, duas, três ou quantas vezes fossem necessárias. Sempre era possível fazer algo melhor e sempre chegávamos em soluções. Plantamos várias mangueiras.
Após usar a lente dos potenciais por mais de cinco anos, tornou-se difícil lidar com a miopia de muitos pessimistas. Ainda vejo pessoas e organizações trilhando o caminho da lamentação, apenas apontando erros, necessidades e problemas. Lamentam, reclamam e criticam, raramente contribuindo para a melhoria do cenário.
Se a Educação não chegou onde gostaríamos, é porque devemos fazer mais, propor mais, mobilizar mais, brigar mais, tentar mais. Não é batalha para apenas uma geração, por isso temos que deixar um legado positivo para aqueles que estão por vir. Nossas atitudes serão a base de inspiração para futuros educadores, seja para o bem ou para o mal. Diante dessa responsabilidade, não podemos esquecer que somos o cerne da mangueira, jamais a manga podre onde muitos escorregam.
Se a Educação não chegou onde gostaríamos, é porque devemos fazer mais, propor mais, mobilizar mais, brigar mais, tentar mais. Não é batalha para apenas uma geração, por isso temos que deixar um legado positivo para aqueles que estão por vir. Nossas atitudes serão a base de inspiração para futuros educadores, seja para o bem ou para o mal. Diante dessa responsabilidade, não podemos esquecer que somos o cerne da mangueira, jamais a manga podre onde muitos escorregam.
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Nota: a organização junto à qual atuei foi o IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. Participei, durante 5 anos, do Programa Doar, cujo princípio era desenvolver comunidades e municípios através da utilização de seus potenciais humanos, físicos e financeiros. www.idis.org.br